Numa proposta diferenciada de oferecer a todos um dia alegre, confortante e de muita informação, os pacientes embarcaram às 7h desta quarta-feira (11), em ônibus de turismo, cantando o rap do Capo - de autoria de Eduardo Índio - em clima de muita animação.
“A realização deste evento nos deixa muito felizes, pois vemos os seus bons resultados em cada rosto, em cada sorriso, em cada olhar”, declarou a presidente Márcia Moraes, esclarecendo que o passeio cultural visa especialmente resgatar a auto-estima dos pacientes, ao mesmo tempo que promovendo a interação entre eles. “Podemos dizer que estamos alcançado a marca do êxito total, junto aos nossos pacientes, ao unir lazer e confraternização com a rotina do tratamento psicoterapêutico”, afirmou ela.
Os pacientes desembarcaram num universo cheio de novidades no Museu Casa de Casimiro, em Barra de São João - segundo Distrito de Casimiro de Abreu -, curtindo as belezas da história do poeta, que morreu de tuberculose aos 21 anos e até hoje é cultuado pela ternura de suas obras. Todos foram recepcionados pela diretora do Museu, Célia Andrade de Azevedo, que com muita clareza e simpatia relatou a história do poeta.
Em determinado momento, o grupo foi conduzido a um local chamado de “cantinho do poeta”, onde eles assistiram a exibição do filme “Meus oito anos” inspirado em um poema homônimo do autor. Esta parte do Museu encanta pela beleza singular e também pelas peculiaridades.
Logo depois, o passeio estendeu-se até a Capela de São João Batista, fundada em 1619, também em Barra de São João, onde o grupo se deslumbrou com a beleza tanto daquele patrimônio histórico, quanto do lugar. No cemitério localizado atrás desta capela se encontram os restos mortais do escritor.
Na parte da tarde, o grupo partiu em direção a Casimiro de Abreu. Inicialmente visitou a Casa do Artesanato, com oficina de fibra de bananeira, que permitiu a todos conhecerem o processo da utilização deste material, desde a extração da fibra até o produto final. Em seguida, aconteceu a visita a Casa da Cultura Estação Casimiro de Abreu. Nesta parada, os pacientes foram presenteados com a apresentação de uma peça teatral de bonecos e do coral da Terceira Idade. Após o lanche, eles retornaram a Macaé.
A presidente Márcia Moraes faz questão de deixar registrado os seus agradecimentos ao prefeito Riverton Mussi, por todo o apoio que dispensa à instituição, agradecendo ainda ao secretário Municipal de Turismo, Esporte e Lazer, Alex Moraes, por patrocinar o transporte aos pacientes para este passeio.
No retorno, a paciente Ângela Maria Tavares disse que se deslumbrou com a história do poeta e retornou muito animada. “Este é o primeiro passeio que eu vou, mas agora pretendo ir a todos”, disse ela. A paciente Edna contou que quase não dormiu na noite anterior ao passeio, tamanha a sua expectativa. “Às 6h eu já estava na porta do Capo. Me diverti a valer”, frisou. No mesmo clima de animação e alegria, Edvone Domingos Ramos frisou que foi tudo muito bonito e agradável. Ele fez questão de elogiar o trabalho desenvolvido pelo Capo, lembrando que, quando descobriu que estava com câncer, ficou muito depressivo, e encontrou na instituição a força para sair do sofrimento e enfrentar a doença. E hoje, se sente animado, cheio de vontade de viver e se recuperando a cada dia.
A esposa de Edvone, Acácia Maria de Jesus, afirma que o Capo ajudou não apenas o marido, mas toda a família, que recebeu atenção especial, para ajudá-lo neste momento difícil.
Também muito entusiasmada, Rosa Maria Pereira da Silva destacou que, além da auto-estima, ela também aprendeu muito com as aulas de artesanato, que ajudaram a aumentar a sua renda, pois passou a comercializar os objetos produzidos. “Graças ao Capo, hoje ganho um dinheiro extra, que ajuda muito nas minhas despesas”.
A paciente Maria Lúcia da Silva, que também adorou o passeio, e contou a sua transformação após ser assistida pela entidade. “Com a ajudo de Deus e do Capo, hoje posso dizer que me sinto forte e feliz, para enfrentar a doença”, disse.
Fundado em fevereiro de 2006, o Centro de Apoio ao Paciente Oncológico desenvolve um trabalho interdisciplinar fundamentado no tratamento e no resgate da auto-estima dos pacientes, através das oficinas terapêuticas, de psicoterapia, de Fisioterapia, de serviço social, além de acompanhamento social (com visitas domiciliares/hospitalares aos pacientes acamados), atividades sociais e culturais, inclusão digital, alfabetização e cantoterapia, e de atendimento terapêutico às famílias.
O Capo é uma associação civil de direitos privados sem fins lucrativos, e funciona na Rua da Igualdade, 56, Centro, de segunda à sexta-feira das 8h ás 17h. O e-mail é capoong@ig.com.br e o telefone é 2772-7174.
fonte: http://www.macae.rj.gov.br/noticias/mostranot.asp?id=18771
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